Nesta noite (12), o programa Profissão Reporter da rede Globo, conhecido por ter matérias produzidas por estudantes de jornalismo, realizou uma matéria sobre a pressão do treinamento extremo que os jovens sofrem hoje em dia. Um programa com cerca de 20 minutos, mostraram as dificuldades que jovens atletas passam para conseguir atingir seus objetivos. (leia mais)
O mais famoso dos três atletas era o jogador do Santos, Paulo Henrique Ganso. O reporter Victor Ferreira, acompanha os dias finais do tratamento, que durou 7 meses, até o dia da reestreia na Vila Belmiro. O meia a princípio ficou meio intimidado com a presença do reporter ansioso. A matéria percorre rapidamente mostrando os dias de fisioterapia e diagnósticos do médico do clube. “O trabalho de fisioterapia é mais difícil do que marcar gols”, diz o meia santista. Dia 12 de março, a volta de Ganso está planejada e muitos reporteres o cercam para conseguir uma declaração, já o Victor Ferreira, consegue apenas desejar boa sorte no início do segundo tempo. E deu certo! Logo no início do segundo tempo, Ganso consegue marcar um gol na sua reestreia. Em entrevista pós-jogo, Ganso fala para Victor que não havia melhor recompensa que uma reestreia com vitória e gol. Outro que ficou animado foi o atacante prodígio Neymar, que deu declarações de felicidade sobre a volta do companheiro. Para fechar a matéria, Muricy também foi entrevistado, acalmando os ânimos, informando que seu rendimento irá voltar aos poucos, de acordo com o número de jogos que ele jogar.
No mesmo programa, Eliane e Wellington, foram responsáveis para cobrir uma jovem menina, Mara, do interior do Piauí, que tinha o sonho de se tornar bailarina. A reportagem inicia mostrando a dificuldade da família que vive de um salário mínimo e tem que enfrentar uma longa viagem para chegar até o treino. Diante de tantos problemas, incluindo as dores que são amenizados com anestésicos, Mara consegue a oportunidade de ir para Nova York disputar o Youth America Grand Prix. Esta disputa envolve cerca de 94 meninas da mesma idade de Mara. Mesmo com muito nervosismo, Mara conseguiu manter a concetração e conquistar uma bolsa de estudo em Washington.
A terceira parte do programa, comandado por Paula Akemi, mostrou a pressão que as atletas de ginastica do Flamengo enfrentam nas competições. A técnica, Daniela Maia da Rocha, foi bastante focada em dar incentivos e críticas para as meninas, por vezes, bastante dura. Uma das mães das meninas acha normal: “É como no colégio, você tem que se esforçar para conseguir”. Na competição que foi feito a cobertura, havia cerca de 150 meninas disputando, porém, nenhuma atleta do Flamengo conquistou nenhuma das 3 primeiras posições. Dois meses depois, Paula Akemi, retorna ao clube do Flamengo e recebe a notícia que Marina, uma das meninas mais focadas na matéria recebendo as críticas da técnica, havia desistido da ginástica. Ela foi encontrada na piscina e falou que não pensa em voltar a praticar o esporte. A mãe de Marina, dona Maria Cecília, indica que sua felicidade de quando iniciou as atividades, não eram as mesmas. As outras meninas que também participaram, sonham em se tornarem profissional e não se importam em ficar apenas com o domingo livre ou abrir mão das comidas mais gostosas.
Essa matéria retrata, mesmo que de forma superficial, como são preparado os atletas no país. Muitos tendem a não aguentar a pressão e desistir. Outros, com muita força de vontade, conseguem atingir um patamar superior e ganhar destaque. Uma dúvida que fica na cabeça é, se, é necessário ser tão duro com os atletas mirins. É certo que ter pulso é necessário, mas é preciso ter um limite, pois você poderá abalar o psicológico mais do que já está.