Foi difícil pra mim escrever esse texto, mas como traz muitas lembranças, que apesar de duras e tristes, me levam a lembrar de alguém especial. Por mais que eu tente evitar e tentar não pensar na perda, isso é natural e acontece com todo mundo. É assim que eu tento me confortar. Apesar de relutar, resolvi escrever justamente pela similaridade dos fatos e como isso mexeu comigo. O post veio de um site em que uso como válvula de escape pra dar risada e fugir da pressão do dia a dia, acabou me levando totalmente ao contrário.
No post, apenas imagens com textos de como foi o último do cachorro chamado Dukey. Acabei buscando saber mais sobre e descobri que ele sofria de câncer no osso da pata dianteira direita. Numa tentativa de remover a doença, a pata teve de ser amputada. Acontece que meu primeiro cachorro, Nick, passou pela mesma situação. Eu cheguei a contar um pouco da história no post – Meu parceiro virou um anjo. Para resumir, a história é idêntica, inclusive, o final. O fato é que não é possível ver o cachorro doente, tendo uma péssima qualidade de vida, chegando a sofrer inclusive para se locomover e comer. IMPOSSÍVEL. Tal ponto que chega a ser egoísmo deixar ele viver numa situação dessas. Foi então que a família resolveu escolher a mais dura decisão, e sacrificar o animal.
Na data, a família resolveu lhe dar um último dia feliz a ele, trazendo a maior felicidade possível para o cachorro. Foi então que através de fotos, eles contaram como foi esse dia. Eu peguei as imagens do site 9gag.com, e coloquei a tradução logo abaixo das imagens.
Pelo título já devem ter imaginar como foi meu desempenho neste Circuito das Estações da Adidas, não é mesmo? Com um tempo de 2 minutos a mais em relação ao último circuito, eu conclui os 5km.
Desta vez o que mais me atrapalhou foi a garganta. A dor está me prejudicando faz uma semana e já afetou a minha voz, que por vezes desafina e engrossa em apenas uma frase (hahaha), eu também acho engraçado.
(Foto: Daiane Braga)
Mas o espírito da corrida é essa, não desistir nunca. Vai haver um momento que você sente que chegou no seu limite, mas você acaba continuando e muitas vezes se surpreendendo e então você percebe que aquele não era teu limite, você sempre pode mais! E é com essa consciência que você consegue evoluir, conquistar melhores resultados e satisfazer sua saúde com muito esforço.
Eu senti complicação na respiração nos 5 minutos iniciais, e o meu ritmo normal teve de ser alterado durante o percurso. Até na hora de refrescar a garganta era complicado, o que entrava, não descia! Outro imprevisto foi ter o cadarço desamarrado no meio do percurso (sim, eu sei que precisa dar dois nós e assim estava, mas aconteceu!), e lá se vai toda sua concentração e quebra de ritmo.
(Foto: Daiane Braga)
Porém, em nenhum momento pensei em andar ou parar para descansar, eu havia ali um objetivo e um objeto que me deu muita força. A corrente que usava para levar o Nick para passear agora estava nas minhas mãos. Isso me fez refletir durante a corrida. Momentos de lições que aprendi com ele, sua determinação, vontade, superação. São sentimentos que não vão deixar uma garganta doendo, atrapalhar o circuito. Foi assim que continuei e finalizei a minha corrida e dedico esta para ele.
(Foto: Daiane Braga)
Minha promessa ainda não foi cumprida. Estou treinando para fazer uma dedicação que valha a pena para ele. Mas por enquanto vou completando as provas e aumentando meus limites.
Algumas pessoas podem imaginar que o significado do circuito é apenas saúde ou a própria corrida, mas eu acredito que este Circuito das Estações possua muito mais do que apenas isso. Há muito que pode se levar para a vida, para o dia a dia e para sua personalidade. Pense nisso!
(Imagem: Daiane Braga)
Agradecimento especial: Daiane Braga, pelas imagens e companhia. Foi fundamental para a execução desta matéria.
Hoje se foi meu irmãozinho, Nick. Mesmo depois de muita luta, força e superação, não foi possível reverter a situação do câncer e dar a ele uma qualidade de vida necessária. Há meses, toda a família se uniu para fazer de tudo para ajudar a melhorar, por muitas vezes achamos que estávamos conseguindo, mas era sua vontade de viver que falava mais alto.
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